domingo, 27 de novembro de 2011

Vendendo meu peixe

Pra descontrair e sair um pouco desse clima de estudo e tal, vejam um videozinho que fiz há mais ou menos um ano. A música Cheia de Vida, é uma homenagem que faço a minha filhinha Júlia Beatriz, que agora com 6 anos, cresce a cada dia aprendendo e mostrando que é realmente cheia de vida. A gravação é simples e foi feita em casa mesmo, com equipamento amador, mesmo assim, espero que gostem.

sábado, 26 de novembro de 2011

Modos Gregos: Abordagem Histórica - Parte 1

Olá galera guitarrística! Com eu realmente queria, dúvidas começaram a surgir, e essa, a cerca do post sobre os modos gregos. A questão levantada por Johnison Sanders, guitarrista da banda de Hardcore Noscopia, se trata da similaridade ou mesmo igualdade que existe entre escalas de modos diferentes e sua aplicação em acordes de outros modos do campo da tonalidade estudada. Essa dúvida me forçou a buscar embasamento não só teórico, mas também histórico. Se trata de falarmos dos modos gregos desde sua origem, abordando os fatores funcionais harmônicos e suas escalas, que são relacionadas não só aos acordes do campo, mas também da função harmônica presente na progressão de um tema ou na canção inteira. Como esse tema é bem extenso, peço um pouco de paciência aos leitores, pois irei postar de forma fracionada, pra que possamos dinamizar a leitura dos posts e assim, criarmos um ambiente onde possamos analisar cada pedacinho de conteúdo, afim de irmos esclarecendo as possíveis dúvidas que surgirão e enriquecendo nosso conhecimento.

Modos gregos - Um pouco de história

Como o nome já diz, os modos gregos foram desenvolvidos na Grécia antiga, onde cada região possuía sua forma exclusiva de organização sonora. Nesse período, a música que era mais fortemente utilizada em ritos religiosos, obedecia à questões culturais e tradições inerentes à sua região. Sendo assim, cada modo recebeu o nome do lugar de sua possível origem, e trouxe consigo as características específicas de cada lugar.
Os modos, que nada mais são do que uma forma de organização dos sons naturais, trazem características do povo, de suas manifestações culturais e sua forma de pensar, o que torna importante o conhecimento da história de cada região. Vou tentar resumir um pouco do histórico de cada local que nomeia os modos, e à frente, vamos relacionar essa questão histórica à sonoridade e intensão de cada modo dentro do campo harmônico.

. Jônico (Jônia ou Iônia)
Região grega que teve destaque por ser local de nascimento de filósofos e pensadores de uma época conhecida como “pré-socráticos”. Os povos da região jônica, foi o primeiro de língua grega a relacionar-se com semitas, turcos e persas, que foram muito importantes da difusão da língua grega pelo Oriente e Ásia Central. De origem, indo-europeu que migrou para a Grécia por volta de 2.000 a.C. Com a chegada dos dórios, na Península do Peloponeso, milhares de jônios migraram para a Ásia Menor, fundando na região várias cidades.
Os jônios participaram ativamente da expansão grega e colaboraram significativamente com o desenvolvimento da cultura na Grécia Antiga, principalmente, da ciência e do racionalismo.
Sendo um dos quatro povos que formaram o povo grego, a escola jônica filosófica foi uma das mais influentes no quesito estudos da natureza das matérias.

A escala da tônica foi nomeada como Jônia, pelo grau de importância da influência do povo jônico, que abriu as portas da Grécia no restante da Europa e da Ásia. Observando sua aplicação sonora, perceberemos como essa escala resolve um tema, ela é concreta e definitiva, sua formação é perfeitamente medida e definida, formando um ciclo que não provoca nenhum tipo de confusão da sua compreensão e por ser metricamente pensada, ela carrega consigo todo um propósito filosófico.  

No exemplo abaixo podemos ver a escala Jônia em seu desenho mais comum, que é utilizado sobre o acorde Tônica maior, que nomeia a escala. Nela, observamos a formação da tríade maior que forma o acorde de primeiro grau. Note também como essa escala foi bem calculada, ela se resume em si mesma, dividindo-se em 2 tretacordes de intervalos exatamente iguais.

Essa escala foi o princípio do estudo das escalas diatônicas, ela é perfeitamente calculada. Se você for bom de matemática, pode utilizar a mesma regra de frações utilizadas pelos gregos para encontrar cada intervalo. Tudo isso começou com Pitágoras, que decidiu analisar metricamente a vibração de uma corda sobre um corpo ressonante. Ele percebeu que dividindo ao meio, a corda soava uma frequência exatamente igual a primeira com uma entonação mais aguda, que seria uma oitava acima. A partir daí, foi-se fracionando essa corda e encontrando os demais intervalos que foram organizados buscando um sentido que pudesse se completar em um ciclo, que soasse musical e agradável. Mas isso já outro tema que poderemos abordar depois.
Espero que a partir daqui possamos ir desenvolvendo uma visão bem mais abrangente das escalas e modos, e, na sequência, irei postar breves históricos dos demais povos gregos que denominaram cada escala dos modos. Lembrando, que as dúvidas podem ser expostas através de comentários. Até lá.   

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Anexo 02 - Lição: Modos Gregos

E aí? Nos posts anteriores estávamos falando sobre a escala Mixo E, e postei a tablatura com a primeira digitação. Pois bem, segue agora o desenho número 2, que se aplica muito bem nos acordes: G#m, E/G#, E, A e C#m. Estude cada digitação separadamente e em seguida faça a junção das mesmas sobre uma progressão de acordes simples e outras mais complexas. lembre de estudar observando a sonoridade, a velocidade da execução vem com o tempo em que se estuda.

Escala Mixo E - Digitação Nº 2


De roqueiro para roqueiro!

Olá galera guitarrística! Está na net um sitio bem legal dedicado à venda de posters com temas roqueiros e artes originais muito bem produzidas. O Cerva Rock, dispõe ainda de uma cessão que se propõe a criar modelos exclusivos e personalizados. A aquisição pode ser feita pelo site e o pagamento via cartão de crédito ou boleto bancário. A iniciativa é dos guitarristas da banda potiguar de rock Venice, César Valença e Rafael Brasil, ambos excelentes artistas gráficos, que atuam no mercado publicitário em Natal-RN. Para maiores informações, visite: www.cervarock.com.br.

Inspirador

Olá guitarrada! To postando mais um video "inspirador", desta vez dos mestres Sidney Carvalho e Alex Martinho. A faixa Sophia extraída do dvd Double Vision, não poderia ter descrição diferente, afinal, além de uma belíssima melodia com toques "satrianísticos", a música tem uma introdução que nos leva até Steve Ray Vaugam, com seus vibratos de alavanca e timbre limpo. Fora, é claro, o show de técnica e feeling que a banda inteira demonstra na execução da canção. Então meus amigos, se deliciem!

domingo, 20 de novembro de 2011

Orgulho Potiguar

Olá guitarreros, eis um excelente video do nosso Isaque Negreene, guitarrista potiguar que tem se destacado no cenário nacional com sua técnica e criatividade. Vale muito a pena conferir não só esse, mas todos os videos do seu canal no YouTube. Isaaque é exemplo de perseverança e talento, inspiração pra quem curte a fusion music com pegada rock. Parabéns Isaaque pelas belas canções e pelo talento. Muito mais sucesso.


Isaaque Negrene - New Face

Anexo 01

Galera no post anterior eu citei a mixo E, que aparece na tonalidade de A. Essa escala tem 7 desenhos básicos e pretendo colocá-los aqui, mas por hora, segue o desenho 1 que se inicia em F# e termina em B. Se for o caso de um improviso sobre o centro tonal, ou mesmo sobre os acordes da progressão, esse desenho se aplicará bem sobre F#m, Bm, E7(óbvio) e A7M(óbvio).

Esacala Mixo E - 1ª Digitação:






Acredito que todos estejam familiarizados com a linguagem da tablatura, mas nesse esquema não coloquei figura de tempo nem de dinâmica, apenas sinalizei os ligados em tercinas para facilitar o estudo. Execute lentamente, se puder utilize metrônomo, sentindo cada notinha e seu comportamento dentro da escala. Pratique com palhetada alternada e sweep picking, mas sempre mantendo o feeling.
Grande abraço e até a próxima.

sábado, 19 de novembro de 2011

Compreendendo os modos gregos (1ª parte)

O campo harmônico são os acordes formados a partir das notas que compõem a escala diatônica de cada tonalidade, ele pode ser baseado nas escalas maiores e menores, compreendendo acordes que completam sentido a cada notinha da escala. Para cada uma dessas notas damos um valor que é medido pela distância tonal baseada na tônica, que por sua vez é a nota que dá nome à escala. Sendo assim, uma escala diatônica possui 7 notas distintas + a repetição oitavada da tônica. Há uma formulazinha bem simples, que inclusive não é recomendada por alguns professores, mas me ajudou a formar escalas diferentes logo no começo da minha vida guitarrística, que quero passar aqui pra que se possa assimilar bem o que falei acima.

. Escala diatônica Maior - Ex.: em A (La) mostrando a distância tonal entre cada nota, sendo 1 para Tom e 1/2 para semitom.

A    B    C#     D    E     F#    G#       A
    1    1     1/2     1     1      1       1/2

Para complementar o que diz o desenho e o texto acima, vamos nomear cada nota pela distância tonal entre ela mesma e a tônica da escala. Detalhe os números referentes aos intervalos são escritos em algarismos romanos. Notem que abaixo dos números dos intervalos coloco também os valores da distância intervalar. Detalhe: Os simbolos + e - estão presentes neste exemplo apenas para abreviar o que seria maior e menor, no entanto você deve fazer o reconhecimento desse intervalo apenas pela distância tonal, essa ecrita nunca irá estar presente em materiais que vc possa vir a usar de escritores de verdade. rsrsrrs. Outra, lembre-se que quando coloco 4ª+, estou dizendo que aquela nota é um intervalo de quarta maior referente à tônica.

A    B      C#      D       E       F#     G#       A
I     II      III      IV       V      VI     VII     VIII
T    2ª+   3ª+    4ª+      5ª       6ª-     7ª-      8ª

Se nós pegarmos essas notinhas e acrescentarmos acordes de acordo com a sonoridade de cada uma delas e sua função dentro dessa escala vamos ter o campo harmônico, que irá nos possibilitar harmonizar melodias.
Nesse caso vou exemplificar usando apenas os intervalos e abaixo deles as notas que formam os respectivos acordes. Ah, uma coisa importantíssima, aqueles números + e - que exemplifiquei em nada dizem sobre os acordes, coloquei apenas para que vcs pudessem visualizar a distância das notas pela tônica. Que não haja confusão nisso, ok? Outra, para esses acordes damos o nome de tríades, mas no campo harmônico há a presença de pelo menos uma tétrade. Lembrando: tríade = 3 notas, tétrade = 4notas.

T     IIm    IIIm    IV     V     VI    VIIº
A      B      C#       D      E     F#    G#
C#    D      E         F#    G#    A      B
E      F#     G#      A      B      C#    D
                                                       F

Veja bem, se vcs perceberam eu coloquei uns elementos a mais no nome de cada intervalo, esse "m" representa "menor", mostrando que aquele acorde tem uma função de acorde menor dentro do campo (ps.: em outro post falarei sobre a função de cada acorde e o que caracteriza menor, maior, diminuto, aumentado e tal...). No acorde do VII grau, coloquei um " º ", esse símbolo indica um acorde com sétima diminuta, que nesse caso, é nossa primeira tétrade. Um fato é que no campo harmônico deveríamos usar tétrades ao invés de tríades, mas pra simplificar, já que esse post destina-se aos iniciantes, usei como acordes mais simples.
É importante saber desses princípios por que os modos gregos nasce a partir desses intervalos e acordes, sendo cada acorde, gerador de uma escala para o modo. Vamos apenas nomeá-los, porém os abordarei em posts futuros. PS: lembre-se que nosso exemplo é em LA.

. T - Modo Jônio: refere-se a escala do 1º grau do campo, A.

. IIm - Modo Dórico: esacala do 2º grau = Bm

. IIIm - Modo Frígio: escala do 3º grau = C#m

. IV - Modo Lídio: escala do 4º grau = D

. V - Modo Mixolídio: escala do 5º grau = E

. VIm - Modo Eólio: escala do 6º grau = F#m

. VIIº - Modo Lócrio: escala do 7º grau = G#º


É importante saber que cada acorde desse gerará sua escala própria, mas respeitará os intervalos da escala tônica e isso é justamente o que nomeará e diferenciará a escala do modo em questão da escala do próprio tom usado. Exemplo: O modo mixolídio do campo de LA é E (Mi), isso significa que irá se usar a escala de A, mas iniciando com base no acorde de E e não usando as escala de E como se ele fosse a tônica.

Ex: Escala maior de E: E F# G# A B C# D# E
Escala mixolídia de E: E F# G# A B C# D   E

Perceberam a diferença? Parece pequena, mas na verdade não é. No caso do Mixo E, a sétima que é D, vem no modo natural, referindo-se ao 4º grau da escala de A. Essa diferença de meio tom muda completamente o sentido dessa escala.

Vamos ficando por aqui, qualquer dúvida basta perguntar, que terei prazer em responder, se eu não o souber, pesquisaremos juntos e aprenderemos, rsrsrs. E lembre-se, conhecer as teorias é importante para conscientizar a prática da música, mas o mais importante realmente é tocar, compor e se expressar com instrumentos ou com a voz, afinal, música é pra ser ouvida e apreciada, a escrita é para registro, só.